Para os mais jovens aqui fica a Palavra de Vida deste mês - adaptação ao
comentário de Chiara Lubich - ilustrada com fotografias.
Pode fazer-se o download para o computador ou clicar em cima para ver a imagem maior.
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
sábado, 1 de setembro de 2012
Palavra de Vida - setembro
«Todo
aquele que bebe desta água voltará a ter sede; mas, quem beber da água
que Eu lhe der, nunca mais terá sede: a água que eu lhe der há de
tornar-se nele em fonte de água que dá a vida eterna»
(Jo 4, 13-14).
A
conversa de Jesus com a Samaritana, perto do poço de Jacob, é uma
verdadeira pérola do Evangelho. Jesus fala da água como o elemento mais
simples, mas que, no fundo, é o mais desejado e mais vital para quem
está em contacto com o deserto. Jesus não precisava de dar muitas
explicações para fazer compreender o que significava a água.
A água da fonte serve para a nossa vida natural, ao passo que a água viva, de que Jesus fala, serve para a vida eterna.
Tal como o
deserto só floresce depois de uma chuva abundante, também as sementes
sepultadas em nós desde o Baptismo só podem germinar se forem regadas
com a Palavra de Deus. Então a planta cresce, dá novos rebentos e ganha a
forma de uma árvore ou de uma lindíssima flor. E tudo isso porque
recebe a água viva da Palavra que faz surgir a vida e a mantém para a
eternidade.
«Todo
aquele que bebe desta água voltará a ter sede; mas, quem beber da água
que Eu lhe der, nunca mais terá sede: a água que eu lhe der há de
tornar-se nele em fonte de água que dá a vida eterna».
As
palavras de Jesus são dirigidas a todos nós, que andamos sedentos neste
mundo. São para aqueles que têm consciência da sua aridez espiritual e
ainda sentem a pungência da sede, e também para aqueles que já nem
sequer sentem a necessidade de ir beber à fonte da verdadeira vida, nem
aos grandes valores da humanidade.
Mas,
afinal, Jesus dirige um convite a todos os homens e mulheres de agora,
revelando onde podemos encontrar a resposta para as nossas inquietações,
e a satisfação total dos nossos desejos.
Todos nós, então, só temos que ir beber às Suas Palavras e deixar-nos embeber pela Sua mensagem.
De que modo?
Reevangelizando
a nossa vida, confrontando-a com as Suas Palavras, procurando pensar
com o pensamento de Jesus e amar com o Seu coração. Cada momento em que
procuramos viver o Evangelho é como se bebêssemos uma gota daquela água
viva. Cada gesto de amor para com o nosso próximo é um gole daquela
água.
Sim,
porque aquela água tão viva e preciosa tem isto de especial: torna-se
uma fonte no nosso coração todas as vezes que vivemos o amor para com
todos. A fonte de Deus é uma fonte que oferece água, na medida em que o
seu veio profundo servir para saciar a sede aos outros, com pequenos ou
grandes gestos de amor.
«Todo
aquele que bebe desta água voltará a ter sede; mas, quem beber da água
que Eu lhe der, nunca mais terá sede: a água que eu lhe der há de
tornar-se nele em fonte de água que dá a vida eterna».
Portanto,
compreendemos que, para não sofrermos a sede, temos que oferecer aos
outros a água viva que formos buscar a Ele em nós mesmos. Bastará uma
palavra, um sorriso, um simples gesto de solidariedade, para voltarmos a
dar, a nós mesmos, uma sensação de plenitude, de satisfação profunda,
um jorro de alegria. E, se continuarmos a dar, esta fonte de paz e de
vida fará nascer, em nós, água com uma abundância cada vez maior, sem
nunca se secar.
E há
também um outro segredo que Jesus nos revelou, uma espécie de poço sem
fundo aonde podemos ir beber. Quando dois ou três se unirem no Seu nome,
amando-se com o mesmo amor de Jesus, Ele está no meio deles (2). E é então que nos sentimos livres, unidos, cheios de luz, e veremos correr rios de água viva do nosso coração (3). É a
promessa de Jesus que se realiza, porque é d’Ele mesmo, presente no
meio de nós, que jorra a água que sacia a sede por toda a eternidade.
Chiara Lubich
1) Publicada em Città Nuova, 2002/4, p.7; 2) cf. Mt 18, 20; 3) cf. Jo 7, 38.
Etiquetas:
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