domingo, 1 de dezembro de 2013

Palavra de Vida - dezembro - adolescentes



 


Para os mais jovens aqui fica a Palavra de Vida deste mês, uma síntese ilustrada do comentário de Chiara Lubich. Pode fazer-se o download para o computador ou clicar em cima para ver a imagem maior.

Palavra de Vida - dezembro - com desenhos



Para as crianças aqui fica a Palavra de Vida deste mês - adaptação ao comentário de Chiara Lubich - ilustrada com desenhos. Pode fazer-se o download para o computador, para imprimir e pintar ou clicar em cima para ver a imagem maior.

Palavra de Vida - dezembro

«O Senhor vos faça crescer e superabundar de caridade uns para com os outros e para com todos» (1 Ts 3, 12). 

dezembro de 2013 (1) 
 
Esta é uma daquelas expressões, familiares a S. Paulo, em que ele deseja, e ao mesmo tempo pede ao Senhor, graças especiais para as suas comunidades (cf. Ef 3, 18; Fil 1, 9, etc.).
Para os Tessalonicenses pede, desta vez, a graça de um amor recíproco cada vez maior, superabundante. Não se trata de uma repreensão velada, como se não existisse o amor recíproco naquela comunidade, mas sim de um alerta para uma exigência inerente ao próprio amor: o seu crescimento constante. 

«O Senhor vos faça crescer e superabundar de caridade uns para com os outros e para com todos».
 
Se o amor, que é o centro da vida cristã, não progredir, toda a vida do cristão se ressente, enfraquece e pode vir a apagar-se.
Não basta termos compreendido, num momento de luz, o mandamento do amor ao próximo. Nem termos experimentado, cheios de entusiasmo, os seus impulsos e o seu ardor no período inicial da nossa conversão ao Evangelho. É necessário fazê-lo crescer mantendo-o sempre vivo, ativo e operante. Isto só vai acontecer se soubermos aproveitar, com prontidão e generosidade cada vez maiores, as várias oportunidades que a vida nos oferece em cada dia. 

«O Senhor vos faça crescer e superabundar de caridade uns para com os outros e para com todos».
 
Para S. Paulo, as comunidades cristãs deveriam ter a frescura e a vivacidade de uma verdadeira família.
Compreende-se, portanto, a intenção do apóstolo de as alertar contra os perigos que mais frequentemente as ameaçam: o individualismo, a superficialidade, a mediocridade.
Mas S. Paulo quer avisá-las também de outro grave perigo, estreitamente ligado ao precedente: o de se instalarem numa vida ordenada e tranquila, mas fechada em si mesma.
Ele deseja comunidades abertas, já que é próprio da caridade amar os irmãos que têm a mesma fé que nós e, por outro lado, ir ao encontro de todos, ser sensíveis aos problemas e às necessidades de todos. É próprio da caridade saber acolher qualquer pessoa, construir pontes, reconhecendo o positivo e unindo as nossas aspirações e esforços, para realizar o bem, aos de todos os que demonstrarem boa vontade. 

«O Senhor vos faça crescer e superabundar de caridade uns para com os outros e para com todos».
 
Como viveremos então a Palavra de Vida deste mês? Procurando crescer também nós no amor recíproco dentro das nossas famílias, do nosso ambiente de trabalho, das nossas comunidades ou associações eclesiais, paróquias, etc.
Esta Palavra requer de nós uma caridade superabundante, isto é, uma caridade que saiba ultrapassar as medidas medíocres e as várias barreiras provenientes do nosso egoísmo subtil. Será suficiente pensar em certos aspetos da caridade (tolerância, compreensão, acolhimento recíproco, paciência, disponibilidade para servir, misericórdia para com as verdadeiras ou para com as presumíveis faltas do nosso próximo, partilha dos bens materiais, etc.) para descobrirmos muitas oportunidades para viver.
Além disso, é evidente que, se houver na nossa comunidade este clima de amor recíproco, o seu calor propagar-se-á inevitavelmente a todos. E até aqueles que ainda não conhecem a vida cristã irão sentir a sua atração e, quase sem disso se aperceberem, serão facilmente envolvidos por ela até se sentirem parte de uma mesma família.

Chiara Lubich

1) Palavra de Vida publicada em Città Nuova, 1994/20, pp. 32-33.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Palavra de Vida - novembro - adolescentes





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Palavra de Vida - novembro - com desenhos



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Palavra de Vida - novembro

«Sede bondosos uns para com os outros, compassivos; perdoai-vos mutuamente, como também Deus vos perdoou em Cristo›› (Ef 4, 32). (1)


Este programa de vida é concreto e essencial. E já bastaria para criar uma sociedade diferente, mais fraterna, mais solidária. Esta frase está incluída
num amplo projeto proposto aos cristãos da Ásia Menor.
Naquelas comunidades tinha-se conseguido estabelecer a “paz” entre Judeus e Gentios, que eram os dois povos representantes da humanidade, até então divididos.
A unidade, que Cristo nos deu, deve ser sempre reavivada e traduzida em comportamentos sociais concretos, inteiramente inspirados pelo amor recíproco. Por isso São Paulo dá as indicações sobre como devem ser os relacionamentos: 

«Sede bondosos uns para com os outros, compassivos; perdoai-vos mutuamente, como também Deus vos perdoou em Cristo››.
 
Bondade: querer o bem do outro. É “fazer-se um” com cada próximo, aproximarmo-nos dele completamente vazios de nós mesmos – vazios dos nossos interesses, das nossas ideias, dos muitos preconceitos que nos ofuscam o olhar – para nos revestirmos dos seus pesos, das suas necessidades, dos seus sofrimentos, para partilhar as suas alegrias.
É entrar no coração daqueles com quem contactamos para compreender a sua mentalidade, a sua cultura, as suas tradições e fazê-las, de certo modo, nossas. E compreender realmente aquilo de que necessitam para saber captar os valores que Deus depositou no coração de cada pessoa. Numa palavra: viver para quem está ao nosso lado.
Misericórdia: aceitar o outro tal como é, e não como gostaríamos que fosse. Gostaríamos que tivesse um caráter diferente, tivesse as mesmas ideias políticas que nós, as nossas convicções religiosas, e não tivesse aqueles defeitos ou aqueles modos de proceder que tanto nos chocam. Não! Temos que dilatar o nosso coração e torná-lo capaz de aceitar todos, com as suas divergências, os seus limites e misérias.
Perdão: ver o outro sempre de um modo novo. Até nas convivências mais bonitas e serenas, na família, na escola, no trabalho, não faltam momentos de atrito, divergências, desentendimentos. Há quem chegue até a deixar de se falar, a evitar encontrar-se, isto para não falar de quando se enraíza no coração um verdadeiro ódio para com os que pensam de maneira diferente. É preciso um esforço forte e exigente para procurar ver, todos os dias, o irmão e a irmã como se fossem novos, completamente novos, sem nos lembrarmos das ofensas recebidas, mas cobrindo tudo com o amor, com uma amnistia completa do nosso coração, à imitação de Deus que perdoa e esquece.
A paz verdadeira e a unidade só se conseguem quando a bondade, a misericórdia e o perdão forem vividos, não só por cada um individualmente, mas juntos, na reciprocidade.
E, tal como numa lareira acesa, é preciso remexer as brasas, de vez em quando, para não serem cobertas pelas cinzas, também é necessário, de tempos a tempos, reavivar conscientemente o amor recíproco, reavivar os relacionamentos com todos, para que não sejam cobertos pela cinza da indiferença, da apatia, do egoísmo. 

«Sede bondosos uns para com os outros, compassivos; e perdoai-vos mutuamente, como também Deus vos perdoou em Cristo››.
 
Estas atitudes têm de se traduzir em factos, em ações concretas.
O próprio Jesus mostrou o que é o amor quando curou os doentes, quando saciou a fome às multidões, quando ressuscitou os mortos, quando lavou os pés aos discípulos. Factos, factos: é assim que se ama.
Recordo-me de uma mãe de família africana: sofreu muito porque a sua filha, a Rosangela, perdeu a visão de um dos lados, vítima de um rapazito agressivo que a tinha ferido com uma cana e continuava a zombar dela. Os pais do rapaz não foram pedir desculpa. O silêncio, a falta de relacionamento com aquela família amarguravam-na. «Consola-te – dizia a Rosangela, que lhes tinha perdoado –, tenho sorte, pois posso ver com a outra vista!››.
«Uma manhã – conta a mãe da Rosangela –, a mãe daquele rapazinho mandou-me chamar porque se sentia mal. A minha primeira reação foi: “Olha, agora vem-me pedir ajuda a mim, com tantos outros vizinhos de casa, vem-me pedir a mim, depois daquilo que o seu filho nos fez!”.
Mas imediatamente me lembrei que o amor não tem barreiras. Fui a correr à sua casa. Ela abriu-me a porta e desfaleceu-me nos braços. Acompanhei-a ao hospital e fiquei com ela até os médicos tratarem dela. Passada uma semana, quando saiu do hospital, ela veio a minha casa para me agradecer. Recebi-a com todo o coração. Consegui perdoar-lhe. Agora voltámos a falar-nos, ou melhor, nasceu um relacionamento completamente novo››.
Também o nosso dia se pode encher de serviços concretos, humildes e inteligentes, expressões do nosso amor. Veremos crescer a fraternidade e a paz à nossa volta.

Chiara Lubich

1) Palavra de Vida publicada em Città Nuova, 2006/14, p. 9.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Palavra de Vida - outubro - adolescentes





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Palavra de Vida - outubro - com desenhos



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Palavra de Vida - outubro

«Não fiqueis a dever nada a ninguém, a não ser isto: amar-vos uns aos outros. Pois quem ama o próximo cumpre plenamente a lei» (Rm 13, 8). (1)

Nos versículos precedentes (Rm 13, 1-7) São Paulo tinha falado da dívida que nós temos para com a autoridade civil (obediência, respeito, pagamento das taxas, etc.), sublinhando que também o pagamento dessa dívida deve ser motivado pelo amor. Seja como for, trata-se de uma dívida facilmente compreensível, também porque, caso não a pagássemos, mereceríamos as sanções previstas pela lei.
Partindo dali, agora passa a falar de uma outra dívida, um pouco mais difícil de compreender: é aquela que – segundo o preceito que Jesus nos deixou – nós temos para com cada próximo. É o amor recíproco nas suas várias expressões: generosidade, delicadeza, confiança, estima recíproca, sinceridade, etc. (cf. Rm 12, 9-12).

«Não fiqueis a dever nada a ninguém, a não ser isto: amar-vos uns aos outros. Pois quem ama o próximo cumpre plenamente a lei».
 
Esta Palavra de Vida destaca duas coisas.
A primeira é que o amor nos é apresentado como uma dívida, ou seja, como algo perante o qual não podemos permanecer indiferentes, não podemos adiar. É qualquer coisa que nos obriga, nos persegue, não nos deixa descansados enquanto não a tivermos pago.
É como dizer que o amor recíproco não é um “mais”, resultante da nossa generosidade, do qual – segundo o significado rigoroso do termo – nos poderíamos eximir sem incorrermos nas sanções da lei positiva. Esta Palavra pede-nos insistentemente que o ponhamos em prática sob pena de trairmos a nossa dignidade de cristãos, chamados por Jesus a ser instrumentos do seu amor no mundo.
A segunda, é dizer que o amor recíproco é o motor, a alma e a finalidade de todos os mandamentos.
A consequência é que, se queremos fazer bem a vontade de Deus, não nos podemos contentar com uma observância fria e jurídica dos seus mandamentos. Temos mesmo que ter sempre presente esta finalidade, que Deus nos propõe. Assim, por exemplo, para viver bem o sétimo mandamento, não nos poderemos limitar a não roubar, mas devemos empenhar-nos seriamente em eliminar as injustiças sociais. Só assim é que podemos demonstrar que amamos o nosso semelhante. 

«Não fiqueis a dever nada a ninguém, a não ser isto: amar-vos uns aos outros. Pois quem ama o próximo cumpre plenamente a lei».
 
Como viver, então, a Palavra deste mês?
O tema do amor ao próximo, que ela nos volta a propor, contém infinitas tonalidades. Aqui recordaremos sobretudo uma, que nos parece mesmo sugerida pelas palavras do texto.
Se, como diz São Paulo, o amor recíproco é uma dívida, será necessário possuirmos um amor que nos faça ser os primeiros a amar, como fez Jesus conosco. Será, portanto, um amor que toma a iniciativa, que não espera, que não adia.
Façamos, então, assim neste mês. Procuremos ser os primeiros a amar cada pessoa que encontrarmos, à qual telefonarmos, escrevermos, ou com a qual vivemos. E que o nosso amor seja um amor concreto, que sabe compreender, prevenir, que é paciente, confiante, perseverante, generoso.
Verificaremos que a nossa vida espiritual vai dar um salto de qualidade, sem falar na alegria que encherá o nosso coração.

Chiara Lubich

1) Palavra de Vida publicada em Città Nuova 1990/15/16, p. 9.
2 Cf. Lv 19, 18.


terça-feira, 3 de setembro de 2013

Palavra de Vida - setembro - adolescentes




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Palavra de Vida - setembro - com desenhos


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domingo, 1 de setembro de 2013

Palavra de Vida - setembro

«Não amemos com palavras nem com a boca, mas com obras e com verdade» (1 Jo 3, 18). (1) 

 É São João quem escreve. Ele alerta as suas comunidades contra certas pessoas que, quando falam, exaltavam a fé em Jesus, mas essa fé não era acompanhada por obras. Aliás, estas últimas eram consideradas inúteis ou supérfluas, como se Jesus já tivesse feito tudo. Assim, a fé delas era vazia e estéril, porque não dava à ação de Jesus o contributo indispensável que Ele pede a cada um de nós.
 
«Não amemos com palavras nem com a boca, mas com obras e com verdade».
 
Amar com obras. A verdadeira fé – diz o apóstolo – é a que dá provas de si mesma, amando como Jesus amou e nos ensinou a amar. Ora, a primeira caraterística deste amor é que é concreto. Jesus não nos amou com lindos discursos, mas esteve entre nós a fazer o bem, curando todos, estando totalmente disponível para com os que encontrava, a começar pelos mais fracos, os mais pobres e marginalizados, e dando a sua vida por nós. 

«Não amemos com palavras nem com a boca, mas com obras e com verdade».
 
Depois – diz o apóstolo –, além de amar com obras, devemos amar também com verdade. O amor cristão, ao mesmo tempo que procura traduzir-se em obras concretas, preocupa-se em inspirar-se na verdade do amor que encontramos em Jesus. Preocupa-se em fazer obras em conformidade com os sentimentos e os ensinamentos de Jesus. Isto é, devemos amar seguindo a linha e usando a medida que Jesus nos mostrou. 

«Não amemos com palavras nem com a boca, mas com obras e com verdade».
 
Como viver, então, a Palavra de Vida deste mês? A sua mensagem é até clara demais. É um apelo para aquela autenticidade cristã, em que Jesus tanto insistiu. Mas não é esta também a grande esperança do mundo? Não é verdade que o mundo de hoje anseia por ver pessoas que testemunhem o amor de Jesus?
Amemos, então, com as obras e não com as palavras, começando pelos serviços humildes que nos são pedidos, em cada dia, pelos próximos que estão ao nosso lado.
E amemos com verdade. Jesus agia sempre de acordo com a vontade do Pai. Da mesma maneira, também nós devemos agir sempre seguindo a Palavra de Jesus. Ele quer que vejamos a sua presença em cada próximo. De facto, tudo o que fazemos a cada pessoa, ele considera-o feito a si. E mais, ele quer que amemos os outros como a nós mesmos, e que nos amemos reciprocamente, estando prontos a dar a vida uns pelos outros.
Amemos assim, para sermos, também nós, instrumentos de Jesus para a salvação do mundo.

Chiara Lubich

1) Palavra de Vida publicada em Città Nuova, 1988/8, p. 11.

sábado, 3 de agosto de 2013

Palavra de Vida - agosto - adolescentes





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sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Palavra de Vida - agosto - com desenhos


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quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Palavra de Vida - agosto

«Se amais os que vos amam, que agradecimento mereceis? Os pecadores também amam aqueles que os amam» (Lc 6, 32)

agosto de 2013 (1)

A Palavra de Vida deste mês é do Evangelho de São Lucas. Faz parte de uma ampla sucessão de frases de Jesus que, no Evangelho de São Mateus, correspondem ao Sermão da Montanha. Como se sabe, neste trecho do Evangelho, Jesus descreve as exigências do Reino de Deus e as linhas que caraterizam aqueles que dele fazem parte. Estes inspiram-se e orientam-se na imitação do Pai Celeste.
Neste versículo, Jesus chama os seus discípulos a imitar Deus-Pai no amor. Se queremos ser Seus filhos, temos que amar o nosso próximo do mesmo modo que Ele ama. 

«Se amais os que vos amam, que agradecimento mereceis? Os pecadores também amam aqueles que os amam».
 
A primeira caraterística que melhor distingue o amor de Deus-Pai é a sua absoluta gratuidade. Está diametralmente em oposição ao amor do mundo. Enquanto o amor do mundo se baseia na retribuição e na simpatia (isto é, em amar aqueles que nos amam ou que nos são simpáticos), o amor do Pai Celeste é completamente desinteressado: doa-se às suas criaturas, independentemente da resposta que possa receber. É um amor que, por sua natureza, toma a iniciativa, comunicando tudo o que possui. Por conseguinte, é um amor que constrói e que transforma. O Pai do Céu ama-nos não decerto porque somos bons, espiritualmente bonitos e, por isso, dignos de atenção e de benevolência. Mas, pelo contrário, ao amar-nos cria em nós a bondade e a beleza espiritual da graça, fazendo com que nos tornemos Seus amigos e filhos. 

«Se amais os que vos amam, que agradecimento mereceis? Os pecadores também amam aqueles que os amam».
 
Uma outra caraterística do amor de Deus-Pai é a universalidade. Deus ama todos indistintamente. A Sua medida é a ausência de qualquer limite e de qualquer medida.
Aliás, o Seu amor não poderia ser gratuito e criativo se não fosse totalmente dirigido para onde quer que haja uma qualquer necessidade ou um vazio a preencher.
Eis por que o Pai do Céu ama também aqueles filhos que são ingratos, ou afastados, ou rebeldes. Pelo contrário, sente-se até atraído para eles de um modo muito especial. 

«Se amais os que vos amam, que agradecimento mereceis? Os pecadores também amam aqueles que os amam».
 
Como podemos viver, então, a Palavra de Vida deste mês?
Comportando-nos como verdadeiros filhos do Pai do Céu, isto é, imitando o Seu amor, sobretudo nas caraterísticas que evidenciámos: a gratuidade e a universalidade. Procuraremos, então, ser os primeiros a amar, com um amor generoso, solidário, aberto a todos, com uma dedicação especial aos vazios que possamos encontrar ao nosso redor. Procuraremos amar com um amor desapegado dos resultados. Temos que nos esforçar por ser instrumentos da liberalidade de Deus, fazendo participar também os outros das graças naturais e espirituais que d’Ele recebemos.
Deixando-nos guiar por esta Palavra de Jesus, veremos com olhos novos e com um coração novo todos os próximos que passarem por nós, todas as oportunidades que a vida quotidiana nos oferecer. E seja qual for o lugar onde nos encontrarmos a agir (em casa, na escola, no ambiente de trabalho, no hospital, etc.), sentir-nos-emos impelidos a ser distribuidores deste amor que é específico de Deus e que Jesus trouxe à Terra, o único capaz de transformar o mundo. 

Chiara Lubich

1) Palavra de Vida publicada em Città Nuova, 1992/2, pp. 32-33.


segunda-feira, 1 de julho de 2013

Palavra de Vida - julho - com desenhos


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Palavra de Vida - julho

«Toda a Lei se cumpre plenamente nesta única palavra: “Ama o teu próximo como a ti mesmo”» (Gl 5, 14) (2)
julho de 2013 (1)

É uma palavra de Paulo, o Apóstolo: concisa, extraordinária, lapidar, clarificadora.
Revela-nos o que deve estar na base do comportamento cristão, aquilo que o deve inspirar sempre: o amor ao próximo.
O apóstolo vê na atuação deste mandamento o pleno cumprimento da Lei. De facto, ela diz para não cometer adultério, não matar, não roubar, não desejar... E sabe-se que, quem ama, não faz nada disto: quem ama não mata, não rouba...

«Toda a Lei se cumpre plenamente nesta única palavra: “Ama o teu próximo como a ti mesmo”».
 
Mas quem ama não evita unicamente o mal. Quem ama abre-se aos outros, quer o bem, realiza-o, doa-se: chega a dar a vida por aquele que ama.
Por isso, Paulo escreve que, no amor ao próximo, não só se observa a Lei, mas tem-se a “plenitude” da Lei. 

«Toda a Lei se cumpre plenamente nesta única palavra: “Ama o teu próximo como a ti mesmo”».
 
Se toda a Lei está no amor ao próximo, é preciso ver os outros mandamentos como meios que nos iluminam e nos guiam para sabermos encontrar, nas intrincadas situações da vida, o caminho para amar os outros. É preciso saber ler nos outros mandamentos a intenção de Deus, a sua vontade.
Ele quer que sejamos obedientes, puros, mortificados, mansos, misericordiosos, pobres... para melhor realizarmos o mandamento da caridade. 

«Toda a Lei se cumpre plenamente nesta única palavra: “Ama o teu próximo como a ti mesmo”».
 
Poderíamos interrogar-nos: como pode o Apóstolo abster-se de falar do amor a Deus?
O facto é que o amor a Deus e ao próximo não estão em concorrência. Um deles — o amor ao próximo — é, aliás, expressão do outro, do amor a Deus. Na verdade, amar a Deus significa fazer a sua vontade. E a sua vontade é que amemos o próximo. 

«Toda a Lei se cumpre plenamente nesta única palavra: “Ama o teu próximo como a ti mesmo”».
 
Como pôr em prática esta Palavra?
É claro: amando o próximo. Amando-o verdadeiramente.
Isto significa: doação, mas doação desinteressada, a ele.
Não ama, quem instrumentaliza o próximo para os seus próprios fins, até para os mais espirituais, como poderia ser a sua santificação. É preciso amar o próximo, e não a nós mesmos.
Não há dúvida, contudo, que quem ama assim far-se-á realmente santo. Será “perfeito como o Pai”, porque cumpriu o que de melhor podia fazer: centrou a vontade de Deus, pô-la em prática. Cumpriu plenamente a Lei.
Não é verdade que vamos ser examinados, no fim da vida, unicamente sobre este amor? 

Chiara Lubich

1) Palavra de Vida publicada em Città Nuova, 1983/10, p. 40.
2) Cf. Lv 19, 18.



segunda-feira, 3 de junho de 2013

Palavra de Vida - junho - adolescentes






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Palavra de Vida - junho - com desenhos


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sábado, 1 de junho de 2013

Palavra de Vida - junho

«Se, fazendo o bem, sofreis com paciência, isso é uma coisa meritória diante de Deus» (1 Pe 2, 20).
 
O apóstolo Pedro está a explicar às suas comunidades o espírito genuíno do Evangelho nas suas aplicações concretas, referindo-se de modo particular à condição e ao estado de vida em que cada pessoa se encontra.
Neste trecho dirige-se aos escravos que se converteram à fé, os quais, como todos os escravos na sociedade de então, sofriam incompreensões e maus-tratos, totalmente injustos. Generalizando, estas palavras são dirigidas a todas as pessoas que, em qualquer tempo e lugar, sofrem incompreensões e injustiças por parte dos seus próximos, quer eles sejam seus superiores ou iguais. 

«Se, fazendo o bem, sofreis com paciência, isso é uma coisa meritória diante de Deus».
 
A essas pessoas o apóstolo recomenda que não cedam à reação instintiva que poderia surgir nestas circunstâncias, mas que imitem o comportamento assumido por Jesus. Exorta-as, aliás, a responder com o amor, vendo também nestas dificuldades e incompreensões uma graça, ou seja, uma ocasião permitida por Deus para dar provas do verdadeiro espírito cristão. Além disso, deste modo poderão conduzir para Cristo, com o amor, também aqueles que lhes fazem mal. 

«Se, fazendo o bem, sofreis com paciência, isso é uma coisa meritória diante de Deus».
 
Baseando-se nestas palavras ou noutras semelhantes, há quem acuse o cristianismo de favorecer um excessivo conformismo, que faz adormecer as consciências, tornando-as menos ativas na luta contra as injustiças.
Mas não é assim. Se Jesus nos pede para amarmos até aqueles que não nos compreendem e nos maltratam, não é porque queira que nos tornemos insensíveis às injustiças. Muito pelo contrário! É porque nos quer ensinar como construir uma sociedade realmente justa. Podemos fazê-lo difundindo o espírito do verdadeiro amor, sendo nós os primeiros a amar, a ter a iniciativa.
 
«Se, fazendo o bem, sofreis com paciência, isso é uma coisa meritória diante de Deus».
 
Como viver, então, a Palavra de Vida deste mês?
As formas, através das quais também nós hoje podemos ser incompreendidos e maltratados, são muitas. Vão das indelicadezas e descortesias, aos juízos negativos, às ingratidões, às ofensas, às verdadeiras injustiças.
Pois bem: também em todas estas ocasiões nós devemos dar testemunho do amor, daquele amor para com todos que Jesus trouxe à Terra. Portanto, do amor até para com aqueles que nos tratam mal.
A Palavra deste mês pede que, embora defendamos legitimamente a justiça e a verdade, jamais nos esqueçamos de que o nosso primeiro dever como cristãos é amar os outros, ou seja, ter para com eles aquela disposição nova, feita de compreensão, de acolhimento e de misericórdia, que Jesus teve para conosco. Desta maneira, mesmo que defendamos as nossas ideias, nunca podemos quebrar o bom relacionamento, nunca podemos ceder à tentação do ressentimento ou da vingança.
E, fazendo assim, seremos instrumentos do amor de Jesus, e seremos capazes de conduzir o nosso próximo para Deus.
Chiara Lubich

1) Palavra de Vida publicada em Città Nuova, 1990/8, p. 9.


quinta-feira, 2 de maio de 2013

Palavra de Vida - maio - com desenhos


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quarta-feira, 1 de maio de 2013

Palavra de Vida - maio

«Dai e ser-vos-á dado: uma boa medida, cheia, recalcada, transbordante será lançada no vosso regaço» (Lc 6, 38).

 maio de 2013 (1)


Nunca te aconteceu receberes uma prenda de um amigo e sentires logo o desejo de lhe retribuir? E de o fazeres não tanto para cumprir uma obrigação, mas por um sentimento de verdadeiro amor e reconhecimento? Tenho a certeza que sim.

Se isto sucede connosco, imagina como será com Deus, com Deus que é Amor.

Ele retribui sempre todas as ofertas que fazemos aos nossos próximos em Seu nome. É uma experiência que os cristãos verdadeiros fazem com muita frequência. E, de cada vez, é sempre uma surpresa. Nunca nos habituamos à imaginação de Deus. Poderia dar-te mil ou dez mil exemplos. Poderia até escrever um livro acerca disso. Verias como é verdadeira aquela imagem: «uma boa medida, cheia, recalcada, transbordante será lançada no vosso regaço», que representa a abundância com que Deus retribui, e representa a Sua magnanimidade.

«Já era noite em Roma. No apartamento de uma cave, um pequeno grupo de raparigas, que queriam viver o Evangelho, davam as boas-noites. Nisto, toda a campainha. Quem seria àquela hora? Era um homem, em pânico, desesperado: no dia seguinte ia ser expulso de casa com a família, porque não tinha dinheiro para pagar a renda. As raparigas olharam umas para as outras e, num acordo silencioso, abriram a gavetinha onde, em envelopes separados, tinham guardado o resto dos seus salários e uma reserva para pagar o gás, o telefone e a eletricidade. Deram tudo àquele homem, sem pensar duas vezes. E foram dormir, felizes. Alguém haveria de pensar nelas. Mas ainda o dia não tinha nascido, quando o telefone tocou. “Vou já para aí, num táxi”, disse aquele mesmo homem. Admiradas com o meio de transporte que ia usar, as raparigas ficaram à sua espera. Pela expressão do visitante, qualquer coisa tinha mudado: “Ontem à noite, quando cheguei a casa, encontrei uma carta a comunicar-me uma herança que nunca pensei que fosse receber. O meu coração sugeriu-me logo que vos desse metade do dinheiro”. A quantia era exatamente o dobro daquilo que elas, generosamente, tinham dado». 


«Dai e ser-vos-á dado: uma boa medida, cheia, recalcada, transbordante será lançada no vosso regaço».


Por acaso também já fizeste uma experiência deste género? Se ainda não, lembra-te que a nossa oferta deve ser feita desinteressadamente, a quem quer que nos peça, sem esperar que seja retribuída.

Experimenta. Mas não o faças para ver o resultado, mas só porque amas a Deus.

Vais dizer-me: «Mas eu não tenho nada».

Não é verdade. Se quisermos, temos tesouros imensos e inesgotáveis: o nosso tempo livre, o nosso afeto, o nosso sorriso, o nosso conselho, a nossa cultura, a nossa paz, a nossa palavra para convencer aqueles que podem dar qualquer coisa a quem não tem...

Vais-me dizer ainda: «Mas eu não sei a quem dar».

Olha à tua volta: lembra-te daquele doente no hospital, daquela senhora viúva sempre sozinha, daquele teu colega tão desanimado porque perdeu o ano, daquele jovem desempregado sempre triste, do teu irmãozito que precisa da tua ajuda, daquele amigo que está na cadeia, daquele aprendiz hesitante. É neles que Cristo está à tua espera.

Assume um novo tipo de comportamento, o do cristão – totalmente impregnado de Evangelho –, que é um comportamento anti-egoísta e despreocupado. Renuncia a pôr a tua segurança nos bens da Terra e apoia-te em Deus. Assim é que se vai ver a tua fé n’Ele. E em breve será confirmada, pela oferta que voltarás a receber.

E é lógico que Deus não procede assim para te enriquecer ou para nos enriquecer. Ele faz isso para que outros, muitos outros, ao ver os pequenos milagres que se realizam com o nosso dar, também façam o mesmo.

Ele faz isso para que, quanto mais tivermos, mais possamos dar. Para que – como verdadeiros administradores dos bens de Deus – façamos circular tudo na comunidade que nos rodeia, até que se possa dizer, como se dizia da primeira comunidade de Jerusalém: entre eles não havia nenhum pobre (cf. At 4, 34).

Vais sentir que, assim, contribuis para dar uma segurança interior à revolução social que o mundo espera.

«Dai e ser-vos-á dado». É claro que Jesus estava a pensar, em primeiro lugar, na recompensa que vamos receber no Paraíso. Mas tudo o que acontece nesta Terra é já um prelúdio e uma garantia do Paraíso.


Chiara Lubich



1) Palavra de Vida. Comentário de 1978, publicado em Città Nuova, 1978/10 e 2008/18, p. 9.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Palavra de Vida - abril - adolescentes



Para os mais jovens aqui fica a Palavra de Vida deste mês, uma síntese ilustrada do comentário de Chiara Lubich. Pode fazer-se o download para o computador ou clicar em cima para ver a imagem maior.